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Alexandre Ferreira: Menos tempo, mais resultados

Atualizado: 21 de nov. de 2018

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O médico Alexandre Ferreira explica os avanços na fisiologia do esporte

Médico endocrinologista, nutrólogo e especialista em Medicina Esportiva, Alexandre Ferreira dá uma verdadeira aula quando explana como a atividade física se tornou, hoje, muito mais viável na vida das pessoas. “Lá atrás, com o Cooper, o mote era ‘corra!’, ‘faça atividades aeróbicas, gaste duas hora do dia correndo a uma velocidade baixa’, etc. Com o passar dos anos percebeu-se que esse sistema estava totalmente errado em relação a emagrecimento, de diminuição de tecido de gordura.


Vieram, então, os estudos de treinamento com frequência cardíaca mais rápida, com intensidades altas o suficiente para fazer com que as pessoas conseguissem exercer a modalidade física em um tempo menor. O sistema HIT (sigla em inglês para alta intensidade de treinamento), colocava os alunos para correr não pelo método Cooper (frequência cardíaca baixa, longa) mas sim em frequências cardíacas muito elevadas, de tiro, e mesmo que essa pessoa ficasse apenas 15, 20 minutos fazendo essa atividade física, ela teria melhor resultado sobre a queima de gordura e no desempenho do condicionamento. As próprias pessoas foram exigindo modalidades de treinamento mais rápidas. Recentemente o American College lançou as possibilidades de atividade física para as próximas décadas, e muda-se completamente o paradigma de treinamento longo, eles colocam estruturas de tempo curtas, atividades físicas que você resolve em pouco tempo, 15, 20, 30 minutos, porque isso faz com que as pessoas consigam se comprometer mais”, conta Alexandre.


Ele comenta, ainda, alguns exemplos de como a tecnologia tem auxiliado quem busca trazer a atividade física para suas práticas diárias.

“A questão da tecnologia x tempo ganhou uma dimensão enorme. Quando a gente fala em treinar 3 vezes por semana, mas vamos resolver esse treinamento em 20 minutos, a pessoa percebe que, com esse tempo mais curto, ela consegue se comprometer. Pensar em 3 horas por semana é mais difícil, e se for em um exercício repetitivo, ‘chato’, é pior. A pessoa até pode começar, mas no longo prazo não é sustentável.”

A tecnologia traz desde soluções simples até as mais sofisticadas. Entre as simples estão, por exemplo, os personal trainers “à distância”, que orientam seus alunos através de um método simples como, por exemplo, solicitar que a pessoa grave um vídeo que mostre os equipamentos disponíveis na sala de ginástica do seu prédio e, ao analisá-lo, o personal devolve uma sequência de treinos factível naquela estrutura. Entre os métodos mais sofisticados estão o uso de eletroestimulação - como, por exemplo, a conhecida “corrente russa” - aliada à prática de exercícios físicos realizados em um curto período de tempo e monitorados por um equipamento. Com as novas tecnologias, trabalha-se 350 grupos musculares ao mesmo tempo, sem gerar carga sobre as articulações ou a coluna. “Falar em treinamentos de 20 minutos com eletroestimulção ‘full body’ passou a ser uma possibilidade - e uma grande quebra de paradigma”, finaliza Alexandre.


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